Há alguns anos, minha esposa me contou uma história divertida sobre algo que aconteceu no caminho para a aula de ioga. Enquanto dirigia até lá, ela foi tailgated agressivamente por um motorista em um carro esportivo de fantasia. Quando ela conseguiu passar para deixá-lo passar, ele se aproximou perigosamente enquanto corria ao redor de seu carro e rapidamente mudou de faixa para passar o carro à sua frente.
Quando minha esposa chegou ao estúdio, ela ficou surpresa ao ver o mesmo carro no estacionamento, e o homem montando seu tapete de ioga em sua classe! Nós rimos quando ela me contou a história porque ele se encaixa em um certo estereótipo da pessoa que pratica mindfulness como yoga ou meditação, mas parece não participar dos elementos mais profundos da prática - alguém que pode avançar na sua frente depois da aula de meditação. para obter seu batido de desintoxicação de couve, pegando de onde pararam em suas vidas frenéticas.
Bem antes desse incidente, eu me perguntava se a popularização da atenção plena - "McMindfulness", como alguns a chamavam - havia esvaziado seu núcleo. Poderia essa prática potencialmente transformadora ser destilada para um "hack" de 10 minutos por dia para melhorar os relacionamentos, a concentração e o humor? Para ser sincero, fiz essa pergunta sobre minha própria prática, que parecia bastante ligada à minha vida como de costume.
Eu explorei essa questão em minha recente discussão com o professor de oração e autor Ora Nadrich no pod de Think Act Be. Nadrich escreveu recentemente Live True: Um Guia para a Autenticidade, que oferece maneiras de levar a consciência consciente a todas as áreas de nossas vidas. Ela observou a tensão entre trazer a atenção plena para o maior número possível de pessoas e manter a integridade da prática.
"Sou muito inclusivo", disse Nadrich. "Você não precisa estar sentado no topo de uma montanha como um monge budista para experimentar essas coisas." Como muitos professores de mindfulness, ela pretende trazer práticas milenares para a experiência moderna. A acessibilidade da atenção ocidentalizada atraiu inúmeras pessoas para ela, inclusive eu.
Ao mesmo tempo, ela observou um "enfraquecimento" e mercantilização da atenção plena "que apenas usa alguns aspectos e não requer o trabalho". E enquanto o conceito de mindfulness é extremamente simples - "estar presente no momento com aceitação e não julgamento" - não é nada fácil de praticar.
"Como qualquer outra coisa útil para nossas vidas, as habilidades meditativas e contemplativas exigem prática e comprometimento", disse Nadrich. "Isso exige esforço da nossa parte." Esse esforço pode ser difícil, dado o ritmo acelerado do nosso mundo. Fomos treinados para esperar gratificação imediata em nossa cultura "fast-food, instant-everything", com aparelhos eletrônicos que comprometeram nossa atenção.
No meu trabalho como terapeuta, tenho me preocupado, às vezes, que a atenção plena possa ser usada como uma ferramenta para manter um estilo de vida pouco saudável. Eu trabalhei com pessoas muito sãs que pareciam ver a atenção plena como uma ferramenta para apoiar suas vidas francamente insanas - trabalhando sem parar, constantemente coladas a uma tela, negligenciando seus relacionamentos, não cuidando de suas necessidades mais profundas. Em vez de introduzir um novo modo de ser, a meditação se torna mais uma coisa a se destacar em uma longa lista de tarefas.
E enquanto as práticas de mindfulness, como a meditação, podem ser muito relaxantes, elas têm muito mais a oferecer do que a simples redução do estresse. Parte de seu benefício vem de nos ajudar a ver nossas vidas com mais clareza, o que muitas vezes leva a mudanças para melhor.
Aceitar que a realidade é do jeito que é, quase inevitavelmente nos mostrará que precisamos mudar. Podemos reconhecer como nossos hábitos não estão nos servindo bem, ou que a vida que estamos vivendo não é correta para nós. Anos atrás eu percebi com perfeita clareza no final de uma aula de ioga que o trabalho que eu estava trabalhando era um ajuste terrível para mim. Esse insight levou à busca de uma trajetória de carreira muito mais gratificante ao longo da última década, sem mencionar uma agenda que me permite ter muito mais horas com minha família.
Estou muito relutante em dizer que há um jeito certo e errado de praticar a atenção plena. Esses tipos de julgamento, afinal, são antitéticos ao espírito da atenção plena.
Mas eu acredito que há muito mais na prática do que nós geralmente criamos espaço para isso. Consciência consciente pode transformar cada momento de nossas vidas. Você não precisa se converter ao budismo para descobrir esse poder, mas parece exigir a conexão de práticas de atenção plena a uma filosofia de vida coerente.
E parece exigir uma desaceleração. "Esteja ciente de quando você está tentando apressar um momento", aconselhou Nadrich. "Mindfulness não é uma solução rápida." Simplesmente desacelerar nosso ritmo às vezes pode fornecer o espaço para ver como estamos vivendo e o que pode precisar mudar.
Uma maneira de desacelerar e trazer práticas de mindfulness para a sua vida diária é o que Nadrich chama de "olhar para a vida". É um exercício simples que envolve "estar realmente consciente do que você está vendo, sem julgamento. Apenas observe".
Ao notarmos o que está ao nosso redor, nossa consciência e nossos sentidos aumentarão. "De repente, começamos a ver as coisas mais multidimensionalmente", disse Nadrich. Inicialmente, ela fez essa prática nos semáforos, quando a mente está sempre inquieta.
Podemos olhar a vida em qualquer situação - em uma reunião de trabalho, na praia, em um café, ao sair com amigos e familiares. Em vez de responder à chamada de nossos smartphones, podemos estar mais plenamente na vida tridimensional.
"Aproveite o tempo para presentear esses momentos", aconselhou Nadrich. "Cada momento é uma oportunidade para despertar."
...
Houve uma coda para a história de abertura do iogue impaciente: Minha esposa soube depois que ele sofrera recentemente uma perda trágica em sua família. Talvez ele estivesse desesperado para chegar a sua aula semanal de ioga porque era o único lugar em que ele poderia encontrar alguma paz. Eu não tenho ideia, mas talvez como todos nós, ele estava fazendo o melhor que podia.
A conversa completa com Ora Nadrich está disponível aqui: Como despertar em cada momento da sua vida.
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